Uma crise
foi aberta entre o comandante Geral da Polícia Militar do Maranhão,
coronel Pereira, e o suplente de senador Edinho Lobão, que em discurso
no interior chamou polícia nazista, se referindo à forma como alguns
membros da instituição são usados pelo governador para perseguir
adversários. Pereira reagiu e fez uma comparação do nazismo ao modo como
o grupo político de Lobão governou o Maranhão.
O
comandante se manifestou nas redes sociais diretamente ao suplente de
senador dizendo que estava defendendo a instituição e seus membros.
Pereira diz que o comportamento de Edinho Lobão e seu grupo político é
análogo ao nazismo e cita a mortalidade infantil no Maranhão, o índice
de analfabetismo, escolas indignas, número de homicídios de policiais
mortos e dos piores índices do IDH.
Pereira citou também o
tratamento dado aos PMs maranhenses durante o comando do grupo que o
suplente de senador faz parte. “Agora crueldade mesmo foi o que fizeram
com meus Policiais, negando o acesso as promoções por décadas em que o
Senhor esteve no governo, não com cargo eletivo, mas com poderes para
influenciar. Temos casos de policiais que se aposentaram como Soldado, e
não podemos dizer que é porque não eram “peixe” e por isso não foram
promovidos, pois, a promoção à Cabo só ocorre por antiguidade, o
problema é que a Polícia não se expandiu na sua época e por isso não
haviam vagas, represando a ascensão profissional que é um direito de
todos. Isso é um comportamento bárbaro e desumano, mas não foi só com as
Praças, ocorreu um grande gargalo nas promoções de Oficiais também
quando você tinha influência nos governos anteriores e poderia lutar por
nós”.
defendendo, pois essa é a nossa missão dada por Deus .
Reação de Edinho Lobão
Em nota, Edinho Lobão disse que o comandante distorceu de forma desleal os fatos ao interpretar uma frase dele.
”Nunca acrescentaria aos briosos militares do nosso Estado nenhuma
espécie de adjetivo desqualificador e muito menos ofensivo”, garantiu.
O filho do senador Lobão diz que “ao longo de minha trajetória, sempre
estive ao lado dos militares. Entendo o papel da PMMA como fundamental
para a garantia da ordem social. Sei da sua importância e do estado
constante de risco que vivem, impondo, corajosamente, a necessária
tranquilidade e segurança aos nossos conterrâneos”.
O suplente de
senador lembrou de gestos e ações efetivas em favor do militares que já
fez. .”Basta lembrar que viabilizei – com recursos pessoais – a
construção do estande de tiros da Polícia Militar, dentro do Quartel da
Polícia Militar, no Calhau. Lá repousa uma estátua de Nossa Senhora,
trazida de Portugal, abençoando e guardando os homens e mulheres da
nossa Polícia. Como Senador, propus projeto para criação da Procuradoria
Interna no âmbito da Polícia, para garantir a defesa específica e
qualificada dos policiais que sofrem processos no exercício do seu
dever”.
Para Edinho Lobão, o comandante foi usado. “Em verdade,
os porões do Palácio dos Leões exigiram a resposta açodada do comandante
Pereira que, na qualidade de pré-candidato a deputado estadual, não
falou em nome da Corporação mas em defesa da política de perseguição de
Flávio Dino e como palanque de sua própria candidatura a deputado
estadual”.
E condenou o que considera de utilização do aparato
institucional em prol de qualquer candidatura. As ordens, segundo ele,
ilegítimas ou ilegais, não devem ser cumpridas. E disse que fez naquele
mencionado evento político apenas referência à triste lembrança dos
candidatos a prefeitos presos injustamente, nas eleições de 2016, tão
somente por serem contrários ao atual Governador.
“A Polícia do
Maranhão tem história honrada e uma missão constitucional indeclinável.
Os nazistas, presentes em qualquer instituição ou corporação, devem ser
extirpados do poder, exatamente porque o poder deve ser exercido sob a
égide da Lei, a Lei dos Homens e, principalmente, a Lei de Deus”,
ressaltou.
Por fim, Edinho Lobão garantiu aos militares que
“contem sempre comigo corajosos irmãos e irmãs da Polícia Militar do
Maranhão e não permitam que o comunismo transforme a briosa Polícia
Militar em um instrumento nazista”.
Redação/Marcos Linhares